sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Rock in Rio
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rock in Rio é um festival de música idealizado pelo empresário brasileiro Roberto Medina e realizado pela primeira vez em 1985. Originalmente organizado no Rio de Janeiro, de onde vem o nome, tornou-se um evento de repercussão mundial e, em 2004, teve a sua primeira edição fora do país em Lisboa, Portugal.
Ao longo da sua história, o Rock in Rio teve nove edições, três no Brasil, quatro em Portugal e duas na Espanha. Em 2008, foi realizado pela primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madrid.
A próxima edição do festival será realizada nos dias 23, 24, 25, 29, 30 de setembro, 1 e 2 de outubro de 2011, no Parque Olímpico Cidade do Rock, no Rio de Janeiro.
1 História
Primeira edição
O Rock in Rio foi realizado pela primeira vez na cidade do Rio de Janeiro, Brasil entre 11 e 20 de janeiro de 1985 em área especialmente construída para receber o evento. O local, um terreno de 250 mil metros quadrados que fica próximo ao Rio Centro, em Jacarepaguá, ficou conhecido como "Cidade do Rock" e contava com o maior palco do mundo já construído até então: com 5 mil metros quadrados de área, além de dois imensos fast foods, dois shopping centers com 50 lojas, dois centros de atendimento médico e uma grande infra-estrutura para atender a quase 1,5 milhão de pessoas - o equivalente a cinco Woodstocks - que frequentaram o evento.
A grande fama do evento deveu-se ao fato de que, até sua realização, as grandes estrelas da música internacional não costumavam visitar a América do Sul, pelo que o público local tinha ali a primeira oportunidade de ver de perto os ídolos do rock e do pop internacionais. Roberto Medina realizaria feito semelhante ao trazer o ex-Beatle Paul McCartney ao Rio de Janeiro naquela que foi sua primeira aparição na América Latina, no evento que ficou conhecido como "Paul in Rio" (realizado em 1990, no estádio do Maracanã). Logo depois do fim do Rock In Rio, a "Cidade do Rock" foi demolida por ordem do então governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola. A organização do festival pediu ocupação provisória do terreno, com o intuito de manter a sua posse, após o fim do evento, caracterizando invasão de propriedade pública. No entanto, Brizola decretou sua demolição para efetuar a reintegração de posse do terreno patrimônio do município do Rio de Janeiro.
Regressos
Graças ao enorme sucesso do evento original, Medina promoveu, entre 18 e 26 de janeiro de 1991, o Rock in Rio II. A segunda edição do evento foi, porém, realizada no estádio de futebol do Maracanã, cujo gramado foi adaptado para receber o palco e os espectadores (700 mil pessoas, em 9 dias de evento), que também puderam assistir ao evento das arquibancadas do estádio (por preços um pouco maiores do que aqueles do gramado).
Após novo hiato, o ano de 2001 viu a realização do Rock in Rio III, nos dias 12 a 14 e 18 a 21 de janeiro. Nesta ocasião, os organizadores decidiram construir uma nova "Cidade do Rock", no mesmo local onde fora a primeira, com a inédita capacidade de 250 mil espectadores por dia e "tendas" alternativas onde realizaram-se concertos paralelos aos do palco principal. Havia tendas de música eletrônica ("Tenda Eletro"), música nacional ("Tenda Brasil", na qual artistas brasileiros apresentavam-se), música africana ("Tenda Raízes") e música mundial ("Tenda Mundo Melhor"). O evento recebeu a legenda de "Por Um Mundo Melhor", o que se marcou com o ato simbólico de observação de três minutos de silêncio antes do início das apresentações no primeiro dia do evento. Às 19 horas daquele dia 12 de janeiro de 2001, três mil rádios e 522 TVs silenciaram pela melhoria do mundo. O início e o fim do ato foram marcados pelo toque de sinos e pela libertação de pombas brancas, representando um pedido pela paz mundial.
A "Cidade do Rock" construída para o Rock in Rio III, permanece montada, mas não deverá ser mais utilizada em futuras edições já que o local deverá abrigar a Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016.[1]
Internacionalização
Entrada do Rock in Rio Lisboa em 2006
O Rock in Rio internacionalizou-se em 2004 com a primeira edição do Rock in Rio Lisboa, na cidade de Lisboa, em Portugal. A organização do festival foi similar à edição de 2001 no Brasil, tendo sido distribuído pelos 200 mil metros quadrados do Parque da Bela Vista, o "Palco Mundo" (palco principal), a "Tenda Raízes", "Tenda Mundo Melhor" e a "Tenda Electrónica".[2] Participaram mais de 70 artistas ao longo dos 5 dias de festival, e o evento foi um sucesso, recebendo mais de 385 mil espectadores, entretanto os brasileiros foram totalmente contra a realização do festival no país, mas ignorados devidos a pensamentos ambiciosos por parte dos empresarios realizadores.[3]
Em 2006, realizou-se a segunda edição do Rock in Rio Lisboa, no mesmo local, entre 26 e 27 de maio e 2, 3 e 4 de junho. Nesta edição já não havia mais a tenda mundo melhor,e a tenda raízes foi substituída pelo palco Hot Stage.
O Rock in Rio Lisboa realizou-se pela terceira vez no Parque da Bela Vista em Lisboa, entre 30 e 31 de maio e a 1, 5 e 6 de junho de 2008. A 27 e 28 de junho e entre 4 a 6 de julho do mesmo ano, fez a estreia em Arganda del Rey, Madrid, Espanha, com o Rock in Rio Madrid.[4] No caso da edição portuguesa, o palco Hot Stage foi substituído pelo palco "Sunset Rock in Rio", um espaço dedicado a concertos conjuntos de artistas e bandas, na maioria portugueses, de vários estilos musicais em formato de "jam sessions".[5]
Por Um Mundo Melhor
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Consciente da força da sua marca e de seu enorme poder de atração, o evento assumiu a responsabilidade de ser um veículo de comunicação para causas socioambientais e mostrar que a pequenas mudanças de atitude do dia-a-dia têm um grande impacto sobre o futuro do planeta.
Em 2001 arrecadou recursos para que 3.200 jovens de baixa renda entre 17 e 29 anos, concluíssem seus estudos em 100 salas de aula montadas em comunidades carentes do Rio de Janeiro, Brasil. Outros 29 projetos financiados pelo festival, através da UNESCO, beneficiaram milhares de pessoas em todo o Brasil.
Em 2004 e 2006, o Rock in Rio Lisboa arrecadou 1.216.772,43 euros, destinados a instituições de auxílio à infância de Portugal através da SIC Esperança e mais 43 países, através da Plan International/Childreach.
Por entender que a temática das Alterações Climáticas é um tema urgente, desde 2006 o Rock in Rio assumiu o compromisso de contabilizar e compensar 100% das emissões de CO2 associadas à realização das várias edições do evento e promover e incentivar, em conjunto com o Ministério dos Transportes, a utilização de transportes públicos durante o festival.
Em 2008 e 2010, lançou em Portugal o Concurso “Rock in Rio Escola Solar” para conscientizar estudantes de todo o país sobre a importância das ações de cada um no combate às Àlterações Climáticas e na construção de um mundo mais Sustentável, incentivando que desenvolvessem projetos em suas comunidades. Em parceria com empresas locais, o festival instalou 760 painéis solares e fotovoltaicos em cerca de 40 escolas vencedores. A energia gerada pelos painéis é vendida e sua renda revertida para projetos de solidariedade nos próximos 15 anos. O “Rock in Rio Escola Solar” ganhou o prêmio internacional de sustentabilidade e energia, o “Energy Globe Awards” na categoria “Juventude, tendo concorrido com mais de 800 projetos de 11 países.
Desde 2008, o Rock in Rio-Lisboa passou a ser um evento 100%R, que garante que todos os resíduos de embalagem (plástico, vidro, latas, etc.) sejam recolhidos e reciclados e passou a envolver patrocinadores, parceiros, fornecedores e concessionários de espaços no desafio da implementação de medidas ambiciosas de redução de emissões de CO2, através de seu Manual de Boas Práticas, e um concurso para o Fornecedor e Operador de Stand mais sustentável.
Em 2010, lançou o desafio a toda a comunidade portuguesa através do prêmio “Rock in Rio Atitude Sustentável” que, com a colaboração de notáveis da sociedade portuguesa, entre s quais o Dr. Jorge Sampaio (antigo Presidente da República Portuguesa), premiou pessoas, entidades e empresas que contribuem de forma pró-ativa para a sustentabilidade do país.
Em 2008 e 2010, o Rock in Rio-Madrid, investiu cerca de 1.312.000 euros no plantio de árvores, no Projeto Carbono Zero, em ações de conscientização sobre as Alterações Climáticas e na oferta gratuita de transporte público para todos os assistentes do evento – garantindo assim a redução de toneladas de CO2 para a atmosfera.
Em 7 edições, ao longo dos últimos 10 anos, o Rock in Rio gerou 4.803.357,00 euros para diversas ações socioambientais. Essa é a prova de que decisão e compromisso com pequenas ações no dia-a-dia podem efetivamente fazer do mundo um lugar melhor.
Presente e futuro
Em 2011, acontecerá a quarta edição do festival no Brasil, após dez anos da terceira edição. Inicialmente previsto para 2014, para coincidir com o ano da Copa do Mundo FIFA de 2014, que será realizada no Brasil, seu lançamento foi adiantado em três anos, a pedido da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. A Prefeitura deverá construir um novo local permanente que permitirá uma maior periodicidade do evento. Segundo Roberto Medina, "Com o novo local, que também ganhará o nome de Cidade do Rock, o Rock in Rio poderá acontecer a cada dois anos, da mesma forma que é o Rock in Rio Lisboa. O espaço não servirá apenas para o festival, será multiuso e poderá abrigar outros shows e eventos.
Mais duas edições do Rock in Rio no Brasil já foram confirmadas também: o Rock in Rio 5 que acontecerá em 2013 e o Rock in Rio 6 que acontecerá no ano de 2015. [6]
Em 2012 o Rock in Rio voltará à Península Ibérica para mais uma edição do Rock in Rio Lisboa e do Rock in Rio Madrid. Ambas as edições já foram confirmadas. Em 2014 haverá mais uma edição do Rock in Rio Lisboa.
Edições
Ver artigo principal: Programação das edições anteriores
Os artistas e o Rock in Rio
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Suas participações nas diversas edições do evento marcaram as carreiras de algumas das estrelas nacionais e internacionais, segundo suas próprias declarações:
Rock in Rio I
AC/DC: O grupo australiano exigiu como condição para poder tocar no festival usar um sino de meia tonelada, tocado pelo vocalista Brian Johnson na canção "Hells Bells". O aparato veio de navio, porém, era muito pesado para a estrutura do palco, obrigando um dos cenógrafos do festival a fazer, secreta e apressadamente, um sino de gesso para a ocasião. A banda interrompeu as gravações do disco Fly on the Wall, que seria lançado meses depois, para tocar no festival, como parte da turnê do disco Flick of the Switch (1983). O encerramento do show foi marcado pelo disparo de dois canhões, um de cada lado do alto do palco, em "For those about to rock".
Os Paralamas do Sucesso: O trio carioca de rock brasileiro foi considerado a grande revelação do festival promovendo o seu segundo disco, O Passo do Lui. Convidados de última hora, não puderam convidar banda de apoio ou construir cenário - a decoração era apenas um vaso com uma palmeira. Durante o show, criticaram a plateia que vaiou as outras bandas brasileiras e homenagearam a ausência de bandas paulistas no evento executando "Inútil", do Ultraje a Rigor. O show do dia 16 foi lançado em DVD em 2007 com o título Rock in Rio 1985.
Iron Maiden: Os integrantes da banda consideram sua aparição no evento uma das experiências mais marcantes de suas carreiras. Parte da turnê World Slavery Tour 84/85, do disco Powerslave (1984), tocou para 200 mil pessoas. A banda foi a única estrangeira a fazer um único show, ao invés de dois. O show foi incluído na versão em DVD do vídeo Live After Death.
Barão Vermelho: No show do dia 15, o quinteto carioca foi o único grupo brasileiro que não foi vaiado e conseguiu arrancar aplausos dos fãs de heavy metal interessados nos shows de AC/DC e Scorpions. No mesmo dia, ocorria em Brasília, no Colégio Eleitoral, a eleição presidencial indireta que escolheu Tancredo Neves como novo presidente, dando um grande passo na redemocratização do país. O palco e a plateia contavam com várias bandeiras do Brasil. O então guitarrista e atual vocalista Frejat subiu ao palco usando uma calça verde e uma camisa amarela, e a banda fechou o show tocando "Pro Dia Nascer Feliz", com o coro uníssono da platéia no refrão. No show do dia 20, o Barão tocou uma canção inédita feita por Cazuza em parceria com Lobão, intitulada "Mal Nenhum", que seria gravada pelo próprio Cazuza em carreira solo, e também a música "Um Dia na Vida" (Cazuza/Maurício Barros) que ainda era inédita e foi gravada no 4º LP do Barão (em 1986, porém, sem Cazuza, e é por isso que a versão dela no "Rock in Rio" já é mais rara, ao contrário de sua versão no LP Declare Guerra, com o vocal de Roberto Frejat). O show do dia 15 lançado no LP e CD 'Barão Vermelho ao Vivo em 1992, sendo posteriormente relançado como CD e DVD em 2007, com o título Rock in Rio 1985. O grupo promovia o seu terceiro disco, Maior Abandonado.
James Taylor: O cantor enfrentava dependência de drogas e o divórcio da também cantora Carly Simon. Taylor declarou que pensava em abandonar a carreira logo após o Rock in Rio I, do qual participaria apenas por compromisso contratual. O cantor declarou-se, porém, comovido com a inesperada recepção do público, e ali decidiu que retomaria as rédeas de sua carreira. Em homenagem ao ocorrido, Taylor compôs a balada "Only a Dream in Rio" (Apenas um sonho no Rio), na qual declama versos como "I was there that very day and my heart came back alive" ("Eu estava lá naquele dia e meu coração voltou à vida"). Anos mais tarde, ao ser convidado para participar da terceira edição do evento, em 2001, Taylor declarou que para ele era "questão de honra" participar do Rock in Rio.
Ivan Lins: Para o cantor, o festival representou o ápice da sua carreira. Ele quase perdeu a voz durante sua apresentação no evento e pediu o apoio da plateia na performance de suas canções. Na época do festival, Ivan Lins era fumante e numa entrevista recente, ele disse que suspeitou que a quase perda da sua voz no evento teria sido causado pelo cigarro e, por isso, ele parou de fumar.
Ozzy Osbourne: Ozzy veio promover seu disco de 1983, Bark at the Moon. No que foi qualificado como "falha de organização", sua apresentação foi marcada logo antes da de Rod Stewart. Ao assistir dos bastidores a passagem de som do cantor escocês, Osbourne disse haver pensado que seria vaiado e expulso do palco, pois seu estilo era diametralmente oposto ao do ex-vocalista do The Faces, e não acreditava que fãs do primeiro pudessem apreciar sua música. O contrato de Ozzy incluía uma cláusula proibindo-o de comer qualquer tipo de animal vivo no palco, em referência ao famoso episódio em que Osbourne decapitou um morcego a dentadas em um show de 1982; um fã atirou uma galinha no palco, e Ozzy a deu para seus roadies. Ozzy também se apresentou usando uma camisa do Flamengo (presente dado por um fã) - o momento chegou a virar capa de revista no Brasil. Outro momento marcante do show foi o solo de bateria sem baquetas de Tommy Aldridge.
Pepeu Gomes: Mesmo encontrando uma plateia hostil com a maior parte dos artistas brasileiros, Pepeu foi ovacionado e reconsagrado. Pepeu considera o Rock in Rio como um dos maiores momentos de sua carreira, pois abriu novas portas para uma carreira no exterior. Após o show Pepeu foi cumprimentado por John Sykes, guitarrista do Whitesnake.
Queen Rock in Rio (1985).
Queen: Estrelas máximas do evento, todos os integrantes do Queen concordam em qualificar aquela apresentação como uma das cinco mais emocionantes do grupo, e Freddie Mercury qualificava a execução da canção "Love of My Life" como a melhor jamais feita pela banda. Na época, o grupo inglês estava na turnê do disco The Works.
Rod Stewart: Com sua característica voz rouca, Rod fez a plateia cantar com ele.
Scorpions: Os alemães vieram promover a turnê do disco Love at First Sting. No show do dia 15, o vocalista Klaus Meine pegou uma grande bandeira do Brasil e a tremulou. No show do dia 19, o guitarrista Matthias Jabs usou uma guitarra parecida com a que está no logotipo do festival e com pequenas bandeiras do Brasil estampadas nela. A banda filmou a visita ao Rio e algumas imagens foram editadas no videoclipe da versão ao vivo de "Still Loving You" (que na época era parte da trilha sonora da novela Corpo a Corpo), lançada no disco World Wide Live, seis meses depois do show.
Yes: O Yes realizou o sonho de muitos roqueiros brasileiros, mostrando ao vivo seu eletro sinfônico de rock progressivo, realçado por incrível iluminação e algumas aparições de laser durante as músicas. A banda inglesa promovia o disco 90125, lançado em 1983 e que tinha o megahit "Owner of a Lonely Heart".
Whitesnake: A banda liderada por David Coverdale foi chamada às pressas para o festival, no lugar do Def Leppard, que cancelou a participação devido aos atrasos na gravação do álbum Hysteria (que seria lançado em 1987), agravados pelo grave acidente sofrido pelo baterista Rick Allen na noite do Ano Novo de 1985, que teve o braço esquerdo amputado. Coverdale reformulou a banda às pressas, pois só restou o baterista Cozy Powell, que fez parte da formação do disco Slide It In (1984). O álbum mencionado é conhecido pelas canções "Guilty Of Love", "Slow An' Easy" e "Love Ain't No Stranger", a última conhecida no Brasil devido à sua execução em uma campanha publicitária dos cigarros Hollywood.
Rock in Rio II
Guns N' Roses: A banda mais aguardada do evento se apresentou em 2 shows e fez, na opinião de seu líder e vocalista Axl Rose, "uma de suas melhores apresentações em todos os tempos". Foi o primeiro show com o baterista Matt Sorum e o tecladista Dizzy Reed, e algumas das músicas apresentadas eram inéditas, que seriam lançadas nos álbuns Use Your Illusion I e Use Your Illusion II no final do ano.
Faith No More: Graças a participação no festival, o FNM passou a ser a banda estrangeira mais cultuada do Brasil na época, tanto que o grupo voltaria ao país meses depois para uma mini-turnê. A banda também conheceu o Sepultura, com quem o vocalista Mike Patton gravou a canção Lookaway, presente no disco Roots (1996). O grupo estava na turnê do disco The Real Thing.
Sepultura: O grupo brasileiro de maior repercussão mundial estava vivendo um grande momento da carreira. A banda, liderada na época pelos irmãos Max e Igor Cavalera, estava gravando o quinto disco Arise, quando foram convidados para participar do festival. Para aproveitar a atenção que a mídia dava ao quarteto por causa do evento, eles decidiram lançar uma versão pré-mixada de Arise, que tinha como faixa bonus "Orgasmatron" (cover do Motorhead). Sepultura teve apenas 30 minutos de show.
Happy Mondays: A principal banda do movimento Madchester, até então não muito conhecido no Brasil.
Titãs: O show no Rock in Rio 2 marcou o fim da turnê do disco Õ Blésq Blom.
Judas Priest: Promovendo o disco Painkiller, o grupo inglês não deixou ninguém parado na noite do metal. A platéia foi ao delírio quando o vocalista Rob Halford subiu no palco numa motocicleta, como tradicionalmente faz.
A-ha: A banda norueguesa se apresentou conseguindo 198.000 pessoas no público.
Debbie Gibson: Fez uma apresentação memorável aos 20 anos de idade.
Megadeth: O grupo americano de Thrash Metal tinha acabado de lançar o seu quarto disco, Rust In Peace, e apresentou um cover de "Anarchy In The UK" dos Sex Pistols. Na transmissão da TV Globo, o jornalista Pedro Bial (que na época era correspondente internacional da emissora) chamou a banda de "Megadeti", ao inves de Megadeth.
Engenheiros do Hawaii: Em sua primeira participação no Rock in Rio, foi votada por uma enquete da Rede Globo como a segunda pior do festival, atrás apenas da também brasileira Biquini Cavadão. Gessinger, Licks & Maltz, em pleno estouro do hit-cover "Era Um Garoto …", sequer foram mencionados pela Folha de São Paulo (isso sem esquecer que os Engenheiros eram idolatrados por seu público e bombardeados pela crítica sendo inclusive citados pela Revista Bizz como os melhores de 90 para o público e para a crítica, os piores). Ainda assim, o grupo foi reconhecido por ter feito um show de qualidade comparável aos dos gringos pelo jornal norte-americano New York Times, em sua cobertura[7].
George Michael: Durante o show, teve a participação de seu ex-parceiro no Wham!, Andrew Ridgeley.
Lobão: O cantor foi escalado para tocar na noite do metal e encontrou a platéia inconformada com o curto show do Sepultura, que tocou antes dele, sendo atacado com copos e garrafas. A situação ficou pior ainda quando ele levou pro palco a bateria da escola de samba Mangueira. Lobão promovia o seu primeiro disco ao vivo, Vivo.
Queensryche: Banda americana que faria seu primeiro show no Brasil na noite de Heavy Metal, o público não conhecia o repertório, mas adorou a performance da banda ao vivo e posteriormente o Queensryche voltaria ao Brasil para diversos outros shows.
Moraes Moreira e Pepeu Gomes: Foi o último show da turnê que a dupla vinha fazendo no Brasil e exterior. Na apresentação foi tocada uma música chamada "Paz em Bagda" que havia sido feita nas vésperas do show e que até hoje nunca foi gravada.
Billy Idol: Fez sua primeira apresentação no Brasil no dia 19. No dia seguinte, ele fez outra apresentação no Festival, que foi decidida em cima da hora pela produção, para substituir Robert Plant (ex-Led Zeppelin), que tinha cancelado, na véspera, a sua apresentação. A jusificativa: a Guerra do Golfo. Mas, Idol não deixou a desejar e protagonizou, novamente, uma das melhores apresentações daquele festival.
Também se apresentaram pela 1ª vez no Brasil o grupo New Kids On the Block(muito contestado por fãs do verdadeiro Rock and Roll, no aeroporto Internacional do Rio de Janeiro), Information Sociaty, Lisa Stanfield entre outros.
Rock in Rio III
Iron Maiden: Desta vez como estrelas máximas do evento, o Iron Maiden fechou a antepenúltima noite do evento, que ficou conhecida como "noite do metal", devido à participação exclusiva de representantes do estilo Heavy Metal. Os integrantes da banda consideraram a apresentação memorável, tendo-a transformado no CD e DVD Rock in Rio em 2002. Esta registra a maior apresentação da banda, que tocou para um público de 250 mil pessoas. O show no festival também marcou o fim da turnê do disco Brave New World.
Sepultura: Os organizadores resolveram escalar o grupo mineiro faltando um mês para começar o festival. O show do Rock in Rio III marcou o início da turnê do disco Nation, que viria a ser lançado em Março de 2001. Durante a execução da faixa-título, um fã invadiu o palco e foi repreendido pelos seguranças do evento, fazendo com que a banda interrompesse o show para socorre-lo. O Rock in Rio III foi também o primeiro grande festival brasileiro do grupo com o vocalista americano Derrick Green.
Rob Halford: Após tocar em dois projetos diferentes (Fight e Two), o então ex-Judas Priest havia retornado ao gênero que o consagrou mundialmente ao lançar o disco Resurrection (2000). Além de canções do disco citado, a sua apresentação teve também canções do Judas Priest. Ele também lançou um CD e DVD ao vivo com seu show, o Resurrection World Tour - Live At Rock In Rio III (2008), que foi produzido por Roy Z, produtor e guitarrista que trabalhou com Bruce Dickinson em sua carreira solo.
Guns N' Roses: O primeiro grande show da banda desde 1993, e apenas Axl Rose e o tecladista Dizzy Reed restavam desde aquela época. O guitarrista Robin Finck surpreendeu a todos falando português e mandando com sua guitarra um cover de "Sossego", de Tim Maia.
Papa Roach: Por sugestão de Axl Rose, os organizadores do Rock in Rio escalaram o grupo,que fez uma grande apresentação.
Oasis: Quando se apresentou no Brasil pela segunda vez, o grupo inglês liderado pelos irmãos Liam e Noel Gallagher tinham acabado de lançar o CD e DVD ao vivo Familiar to Millions, que foi gravado em Julho de 2000 na antiga estrutura do Estádio de Wembley, em Londres. A caminho do Brasil, o vocalista Liam Gallagher assediou uma aeromoça da British Airways. Na coletiva para a imprensa, Noel Gallagher foi perguntado o que seria para ele um mundo melhor e o guitarrista disse: "Um ar mais puro e nada dem Guns N' Roses". Apesar dos fãs do Guns reclamarem em vários momentos, o show foi bem aceito pela plateia - em "Don't Look Back in Anger", Noel deixou o refrão final para o público cantar, e agradeceu em português. Antes do final do show com "Rock 'n' Roll Star", Liam falou: "Esta vai para o Senhor Rose".
Pato Fu: Inicialmente os mineiros tavam escalados para tocar na noite teen, mas pediram pros organizadores para tocar numa das noites de rock, no caso a noite que tinha o Guns N' Roses como atração principal. Acreditavam que o grupo de Fernanda Takai seria vaiado, mas foram aplaudidos pelo público presente. Durante o seu show, a banda tocou a música inédita "Eu", que seria editada no disco Ruído Rosa. O show do Rock in Rio III fazia parte da turnê do disco Isopor, com direito a dois panos de fundo com os robôs que aparecem no videoclipe da canção "Made in Japan".
R.E.M.: O líder e vocalista da banda, Michael Stipe declarou que aquela foi uma das apresentações mais emocionantes de sua carreira, especialmente pelo fato de aquela ser a primeira vez em que a banda se apresentara perante 250 mil pessoas.
Ira! & Ultraje a Rigor: Os grupos paulistas que fizeram uma apresentação conjunta, conhecida na época como "Recreio dos Bandeirantes" (em referência ao bairro vizinho a Jacarepaguá e ao palácio do governo do Estado de São Paulo). O Ira! subiu no palco primeiro abrindo com Gritos da Multidão e nele o então vocalista Nasi berrou "Eu quero ouvir os gritos do Rock in Rio" e foi atendido. O grupo liderado pelo genial guitarrista Edgard Scandurra mandou no palco também seus outros hits como "Dias de Luta", "Nucleo Base" e a inédita "Vida Passageira", do recem-lançado disco MTV ao Vivo. Em seguida, o Ira! chamou os membros do Ultraje a Rigor e juntos mandaram o cover de "Should I Stay Or Should I Go" do The Clash. Em seguida, o Ultraje assumiu o palco e mandou na maioria os hits dos anos 80 e ainda tocaram "Paranoid" do Black Sabbath. No final, o Ultraje a Rigor se despediu da plateia mostrando suas nadegas, gesto irreverente que é uma marca registrada pelo grupo liderado pelo vocalista e guitarrista Roger Moreira. Assim como o Ira!, o Ultraje a Rigor também tava promovendo o seu disco ao vivo, o 18 Anos sem Tirar!, lançado em 1999.
Foo Fighters: Inicialmente, a banda não foi convidada para participar do festival, mas depois de ver que o grupo liderava uma enquete sobre "atrações favoritas" feita no site do festival, os organizadores pensaram melhor. O Foo Fighters se apresentaria no Brasil em Fevereiro de 2000, mas cancelaram depois que o quarteto descobriu que um dos shows seria exclusivo para clientes de um companhia telefônica. Coincidentemente, o vocalista Dave Grohl fazia aniversário no dia da apresentação com direito a bolo trazido ao palco por sua então esposa Melissa Auf der Maur (ex-Hole) e a um beijo de Cássia Eller. O show fez parte da turnê do disco There is Nothing Left to Lose, editado em 1999.
Capital Inicial: A exemplo o Sepultura, a banda brasiliense inicialmente tava fora do evento, mas depois foram incluidos. A turnê era acústica, seguindo o disco Acustico MTV, mas o show do Rock in Rio incluiu guitarras.
Silverchair: Durante o show da banda australiana, alguns espectadores estenderam uma faixa que dizia "Grunge Not Dead" (Grunge Não Morreu) e a banda tocou uma canção inédita chamada "One Way Mule", que seria editada no disco Diorama, lançado em 2002. Eles estavam promovendo o disco Neon Ballroom (1999).
Cássia Eller: Na coletiva para a imprensa, a cantora falou que o Rock in Rio era o seu Woodstock. O show teve a participação dos percussionistas do grupo Nação Zumbi, e marcou o fim da turnê do disco Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo, lançado em 1999. Um momento memorável foi quando Cássia mostrou os seios durante um cover de "Come Together", dos Beatles. Cássia também fez questão de prestar homenagem a Kurt Cobain cantando "Smells Like Teen Spirit". Em 2006, a performance foi lançada no CD e DVD Rock in Rio ao Vivo (Cássia Eller).
Sandy e Junior: Com público presente estimado de mais de 250 mil pessoas, a turnê dos irmãos conta com várias trocas de roupas dos artistas e dos mais de vinte bailarinos. O show prestigiado conta ainda com efeitos especiais e tecnologias que trazem sensações das quatro estações do ano. Primavera, Outono, Inverno e Verão. Além dos sucessos da carreira de Sandy e de Junior, os cantores e músicos interpretam canções de artistas nacionais e internacionais. Sandy com apenas 17 anos de idade, canta uma canção brasileira de Elis Regina, Fascinação. Junior com 16 anos de idade, por sua vez, interpreta no show a canção conhecida na voz do músico Santana, Smooth. Nesta música além de cantar e dançar, Junior toca percussão. Sandy e Junior entraram nas estatísticas do Rock In Rio como os artistas de menor idade a se apresentar neste evento.
Britney Spears: Obteve o maior públicos de sua carreira: 250 mil pessoas. Principal artista da "noite pop" do festival, Britney foi vaiada ao mostrar a bandeira estadunidense no show durante a música "Lucky", seguindo o cronograma normal da turnê como foi feito em todos os países. No entanto, o público considerarou o ato um desrespeito tendo como consequência a vaia. Britney Spears se envolveu, também, em outra polêmica devido as acusações de que a cantora não cantava realmente durante os seus shows. Posteriormente foi esclarecido que Britney usou um reforço chamado de "Base Pré-Gravada", no qual uma gravação com a voz de Britney cantando as músicas é transmitida enquanto a cantora canta ao vivo por cima dessa gravação. A justificativa dada para esse procedimento, utilizado por ela até hoje, são os excessos de coreografia que seu show possui, tornando o show totalmente ao vivo impossível. Ainda para finalizar os problemas da cantora nessa edição do festival, durante a transmissão televisiva do show, seu microfone foi desligado, sendo transmitido apenas o som da "Base Pré-Gravada". Durante alguns momentos da transmissão, Britney falou e cantou ao microfone, todavia, apenas os presentes no show podiam ouví-la, enquanto quem assistia pela TV, em casa, ouviu somente ecos do som ambiente.
Red Hot Chili Peppers:Em sua segunda vinda ao Brasil,com a turnê do disco Californication e a volta do guitarrista John Frusciante,a banda tocou no último dia do festival,com direito a saudações em português do vocalista Anthony Kiedis e do baixista Flea.Foi uma das mais emocionantes de todas as apresentações, por atrair nada mais, nada menos, do que 250 mil pessoas na arena. A noite também foi marcada por muita confusão e invasões aos portões.
A terceira edição do Rock in Rio também foi marcada por:
Faltando quatro meses para o seu início, seis bandas brasileiras decidiram boicotar o festival. O boicote foi liderado pelo grupo O Rappa, que teve problemas com a organização acima de tudo pelo horário de seu show, e teve o apoio dos grupos Skank, Raimundos, Cidade Negra, Charlie Brown Jr. e Jota Quest. Com esse boicote, o cast do festival teve que ser reformulado.[8][9]
Carlinhos Brown: Convidado para o terceiro dia de apresentações, o cantor baiano, especializado no estilo conhecido como "Axé music", foi hostilizado pelo público presente, que o atacou a garrafadas enquanto gritava "queremos rock!". O fato repercutiu de maneira extremamente negativa [carece de fontes].
Oficina G3: Foi a única banda gospel a tocar no Rock in Rio de 2001, apresentando-se na Tenda Brasil, onde se apresentavam artistas brasileiros de todos os estilos.
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