sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Entendendo A Música - Stairway to Heaven
Galera! hoje queria compartilhar com vocês aqui no "entendendo a música" esta que é uma das mais belas cançôes de rock que já ouvi e bem polêmica também,dizem que ela tem mensagens subliminares que pode ser ouvida com aquele método de tocar o disco ao contrário.
Como podemos perceber essa música tem muito a dizer de tras pra frente e de frente pra trás,hoje vamos entender melhor a letra normal mesmo na rotação certa o post que se segue não é de minha autoria achei melhor não resumir então o post esta mais detalhado por alguem que pesquisou a letra mais a fundo vamos lá então.
Stairway to Heaven
“Stairway to Heaven” é a mais famosa canção da banda inglesa Led Zeppelin. Composta pelo guitarrista Jimmy Page e pelo vocalista Robert Plant para o quarto álbum de estúdio da banda, Led Zeppelin IV. Mas o que ela significa?
Para entendermos o significado da letra, precisamos colocar a música e o próprio Led Zeppelin dentro do contexto na qual ela foi escrita. Jimmy Page e Robert Plant. A música foi composta em 1970-71, bem no período onde Page morou em Boleskine e era dono de uma livraria especializada em ocultismo, a “The Equinox Booksellers and Publishers” e chegou a publicar alguns textos de Aleister Crowley, apesar de nunca ter se iniciado formalmente na Ordo Templi Orientis. Sabendo disso, podemos colocar a música em sua perspectiva correta: Assim como os graus nas Ordens que vieram da Rosa Cruz (como a Golden Dawn, por exemplo)todo o processo de evolução caminha na subida alegórica pela Escada Celestial (Starway) e é disso que a música trata.
There’s a Lady who’s sure,
All that glitters is gold,
And she’s buying a Stairway to Heaven.
Esta “Lady”, ao contrário do que as pessoas imaginam, não é a Shirley Bassed (essa idéia apareceu em uma referência de Leonard tale no CD Australiano). A “Lady” que Robert Plant fala é Yesod, a Qualidade Universal do Espírito, a Princesa aprisionada dos contos de fada, a vontade primordial que nos leva á meditação, ao auto-conhecimento e ao início da Escada de Jacob, que é a Starway to Heaven, (Caminho das estrelas), trocadilho com o nome da música e que também foi utilizado em outros contextos para expressar as mesmas idéias, como por exemplo, no nome “Luke Skywalker” na Saga do Star Wars. Um dia falo mais sobre isso…
Na Mitologia Nórdica, a Lady é Frigga, também conhecida como Ísis, Maria, A Mãe, Iemanjá, Diana, Afrodite, etc… um aspecto de toda a criação e presente em cada um de nós.
Robert plant fará novas referências a esta “Lady Who´s sure” em outras músicas (Liar´s Dance, por exemplo, que trata do “Book of Lies” do Aleister Crowley).
Ao contrário do senso comum, que diz que “Nem tudo que reluz é ouro”, esta Lady possui dentro de si a esperança e o otimismo para enxergar o bem em todas as coisas; ver que tudo possui brilho e que mesmo a menor centelha de luz divina dentro de cada um possui potencial de crescimento.
E dentro deste entendimento, ela vai galgando os degraus desta escada para os céus. Na Kabbalah, os 4 Mundos formam o que no ocultismo chamamos de “Escada de Jacob”, descrita até mesmo em passagens da Bíblia. Esta “escada” simbólica traz um mapa da consciência do ser humano, do mais profano ao mais divino, que deve ser trabalhada dentro de cada um de nós até chegar à realização espiritual.
Aqui que os crentes e ateus escorregam. Eles acham que deuses são reais no sentido de “existirem no mundo físico” e ficam brigando sobre veracidade de imagens que apenas representam idéias para um aprimoramento interior.
When she gets there she knows,
If the stores are all closed,
With a word she can get what she came for.
Aqui é mencionado o “verbo”, ou a “palavra perdida” capaz de dar criação a qualquer coisa que o magista desejar. A Vontade (Thelema) do espírito do Iniciado é tão forte que “quando ela chegar lá ela sabe que se todas as possibilidades estiverem fechadas, ela poderá usar a palavra para criar o que precisar”. Este primeiro verso coloca que a dama está trilhando o caminho até a Iluminação e tem certeza daquilo que deseja, ou seja, conhece sua Verdadeira Vontade..
There’s a sign on the wall,
But she wants to be sure,
’cause you know sometimes words have two meanings.
Ainda trilhando este caminho, a dama precisa ser cautelosa. Porque todo símbolo possui vários significados. Todas as Ordens Iniciáticas trabalham e sempre trabalharam com símbolos: deuses, signos, alegorias e parábolas. Os Indianos chamam estes caminhos falsos de Maya (a Ilusão) e em todos os caminhos espirituais os iniciados são avisados sobre os desvios que podem levá-los para fora deste caminho (ou o “diabo” na Mitologia Cristã).
In a tree by the brook
There’s a song bird who sings,
Sometimes all of our thoughts are misgiven.
A Árvore a qual ele se refere é, obviamente, a Árvore da Vida da Kabbalah, ou Yggdrasil, na Mitologia Nórdica, a conexão entre todas as raízes do Inferno (Qliphoth) e as folhas nos galhos mais altos (Runas). Brook (Riacho) também é um termo usado no Tarot para designar o fluxo das Cartas em uma tirada, e o pássaro representa BA, ou a alma em passagem, considerada também o símbolo de Toth (que, por sua vez, é o lendário criador do Tarot, ou “Livro de Toth”, segundo Aleister Crowley) então a frase fica com dois sentidos: literal, que é uma árvore ao lado de um rio onde há um pássaro; e esotérico, que trata de Toth, deus dos ensinamentos (Hermes, Mercúrio, Exú, Loki…) aconselhando o iniciado enquanto ele trilha a subida simbólica pela Árvore da Vida.
There’s a feeling I get when I look to the west,
And my spirit is crying for leaving.
O “Oeste” na Rosacruz, na Maçonaria e em várias outras Ordens Iniciáticas, representa a porta do Templo, os profanos ou a parte de Malkuth, o mundo material (enquanto o Oriente representa a luz, o nascer do sol). Ela não gosta do que vê e seu espírito quer trilhar um caminho diferente.
In my thoughts I have seen rings of smoke through the trees
And the voices of those who stand looking.
Os anéis de fumaça são o símbolo usado para representar os espíritos antigos, os ancestrais dentro do Shamanismo. Os grandes professores e os Mestres Invisíveis que auxiliam aqueles que estejam dentro das ordens iniciáticas
And it’s whispered that soon if we all call the tune
Then the piper will lead us to reason.
And a new day will dawn for those who stand long,
And the forests will echo with laughter.
O “piper” é uma alusão ao flautista, ou Pan. O “Hino a Pã” é uma poesia de 1929 composta por Crowley (e traduzida para o português pelo magista Fernando Pessoa) que trata do Caminho de Ayin dentro da Árvore, que leva da Razão à Iluminação e é representada justamente pelo Arcano do Diabo no Tarot e pelo signo de Capricórnio, o simbólico Deus Chifrudo das florestas. As “florestas ecoando com gargalhadas” sugere que aqueles que estão observando (os Mestres Iniciados) estarão satisfeitos quando os estudantes e todo o resto do Planeta chegarem ao mesmo ponto onde eles estão e se juntarem a eles.
If there’s a bustle in your hedgerow,
Don’t be alarmed now,
It’s just a spring clean for the May Queen.
Esta parte não tem nada a ver com garotas chegando à puberdade. As mudanças referem-se à morte do Inverno e chegada da Primavera, que representa a superação das Ordálias e caminhada em direção à Verdadeira Vontade.
Yes there are two paths you can go by,
But in the long run
There’s still time to change the road you’re on.
A lembrança de que sempre existem dois caminhos, e também uma referência ao Caminho de Zain (Espada, que conecta o Iniciado em Tiferet à Grande Mãe Binah, representada pelo Arcano dos Enamorados no Tarot). Separa a parte dos prazeres terrenos (chamados de “pecados” na cristandade ou de “Defeitos Capitais” na Alquimia) e o caminho da iluminação espiritual. A escolha é nossa e é feita a cada momento de nossa vida em tudo o que fazemos, e qualquer pessoa, a qualquer momento pode mudar de caminho (espero que do mais baixo para o mais elevado…)
And it makes me wonder.
Robert Plant coloca várias vezes esta frase na música, em uma referência ao Arcano do louco (e o Caminho do Aleph na Kabbalah), como o sentimento de uma criança que se maravilha com tudo no mundo pela primeira vez (no catolicismo “Vinde a mim as criancinhas”, Mateus 18:1-6 sem trocadilho desta vez). Este é a sensação que um ocultista tem a cada descoberta de uma nova galáxia ou maravilha do universo, ou novas invenções da ciência e a descoberta de novos horizontes. No hinduísmo, esta sensação tem o nome de Sattva (em oposição a Rajas/atividade ou Tamas/ignorância).
Your head is humming and it won’t go,
In case you don’t know,
The Piper’s calling you to join him.
Nesta altura da música, já fica claro que quem a escuta está sendo guiado pela Lady através da Árvore da Vida em direção à Iluminação. O aspirante a Iniciado está sendo conduzido pelo caminho pelo soar da música. Ou, em um caso mais concreto, o mesmo tipo de música que o Blog do Teoria da Conspiração toca para vocês…
Dear Lady can you hear the wind blow, and did you know,
Your stairway lies on the whispering wind.
Esta frase tem duas analogias com símbolos muito parecidos, de duas culturas. O primeiro é a própria Yggdrasil, em cujas raízes fica um dragão (a Kundalini) e em cujo topo fica uma águia que bate suas asas resultando em uma suave brisa. A Águia representa o espírito iluminado (daí dela ser o símbolo escolhido pelos maçons americanos como símbolo dos EUA) e o vento é o elemento AR (Razão). Na Kabbalah, em um significado mais profundo, tanto os caminhos de Aleph (Louco/Ar) quanto de Beth (Mago/Mercúrio) que conduzem a Kether (Deus) são representados pelo elemento AR – O Led Zeppelin fala sobre águias em outras canções, igualmente cheias de simbolismo… algum dia eu falo sobre elas.
And as we wind on down the road,
Our shadows taller than our soul,
As Sombras, no ocultismo e especialmente nos textos do Crowley, são os defeitos ou aspectos negativos de nossa personalidade que mancham a pureza de nossa alma.
There walks a lady we all know,
Who shines white light and wants to show
How everything still turns to gold,
O terceiro Caminho até Kether é Gimmel, a sacerdotisa, o caminho iniciado em Yesod (Lua) que passa novamente pelos Grandes Mistérios. A analogia com o Ouro é óbvia. O processo alquímico na qual transformamos simbolicamente o chumbo do nosso ego no ouro da essência.
When all are one and one is all,
Unity.
To be a rock and not to roll.
Quando finalmente ultrapassamos o Abismo, chegamos a Binah, que representa a Ordem (“rock” em oposição ao Caos, que é o “roll”, em um genial jogo de palavras). Na Umbanda, o orixá representado ali é Xangô, senhor das “pedreiras” e da certeza das leis imutáveis do Universo. Representa a mente focada no caminho, sem deixar-se levar por qualquer evento ou adversidade.
And she’s buying a Stairway to Heaven.
Novamente, a mensagem de esperança… a Dama do Lago está sempre ali, criando oportunidades para todos os buscadores no Caminho da Libertação.
Fonte:http://www.deldebbio.com.br/2010/10/07/stairway-to-heaven/
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário